Mais do que uma prática hospitalar, o Método Canguru é um gesto de carinho com poder comprovado para transformar o início da vida de milhares de bebês. Em Campo Grande, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), vinculado à Rede Ebserh, é referência na aplicação dessa técnica voltada a recém-nascidos prematuros ou de baixo peso, oferecendo acolhimento e cuidado humanizado desde os primeiros momentos de vida.

Baseado no contato pele a pele entre o bebê e seus cuidadores, especialmente a mãe, o Método Canguru ajuda a estabilizar a temperatura corporal, reduz o tempo de internação, incentiva a amamentação e fortalece o vínculo afetivo entre pais e filhos. Mais do que dados técnicos, trata-se de um cuidado que une ciência e afeto.

A prática é estimulada pelo Ministério da Saúde e segue três etapas principais:

• Contato precoce com a família,
• Cuidado em posição canguru durante a internação,
• Acompanhamento ambulatorial após a alta hospitalar.

No Humap, a técnica é adotada diariamente na UTI Neonatal e em outras unidades de cuidado intensivo, com envolvimento direto da equipe multiprofissional do hospital.

A enfermeira neonatologista Juliana Ribeiro, da equipe do Humap, explica que o contato físico com os pais é mais do que reconfortante: “O calor do corpo da mãe ou do pai atua como estabilizador natural para o bebê. A respiração, os batimentos cardíacos, tudo entra em sincronia e o bebê se sente mais seguro. Isso acelera o desenvolvimento e reduz complicações”, afirma.

Nesta sexta-feira (16), em alusão ao Dia Internacional do Método Canguru, celebrado em 15 de maio, o hospital organizou uma programação afetiva para reforçar os princípios do método. A ação incluiu eio terapêutico com as famílias, café da manhã, cantigas e os “recadinhos do coração”, mensagens escritas por pais e profissionais para estimular a conexão emocional.