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Campo Grande

há 22 horas

Bebê fica horas em jejum para exame que hospital não realiza em Campo Grande

Pequena tinha horário agendado com médico que já a acompanha; hospital informou não possuir estrutura para atender crianças menores de 2 anos

Uma mãe viu a filha, de apenas 5 meses, ficar horas com fome para tentar realizar um exame médico e ser avisada, apenas tempos depois do horário marcado, que o Hospital São Julião não atendia crianças menores de 2 anos de idade. Revoltada com a situação, ela procurou o TopMídiaNews para denunciar a situação, que ela tratou como ‘descaso’.

Para a reportagem, a moradora de Bonito contou que a filha tem um caso raríssimo de glaucoma congênito nos dois olhos e Síndrome de Down. Após realizar diversos tratamentos em uma rede particular da cidade, a família não conseguiu mais arcar com os custos e procurou atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Diante da situação, por ter poucos médicos atuando na área que cuidem do caso da bebê, ela detalhou que pensou ter ‘tirado a sorte grande’, pois o médico que atenderia a criança no hospital é o mesmo que a acompanha.

“Ela precisava ser sedada para realizar o procedimento, porque é um bebê, ainda não consegue ficar com os olhos abertos para fazer o exame. O médico pediu para deixar a pequena em jejum por 8h, porém, dei a última mamadeira para ela às 7h de ontem, já que o exame estava marcado para as 13h”, detalha.

Já era mais de 14h, quando a mãezinha foi informada que o hospital não iria realizar o exame, uma vez que ‘não tinha estrutura para tal’. Mesmo esperando na unidade, ela precisou ligar para o médico para conseguir o mínimo de informações a respeito. “Ele disse que o hospital não estava autorizando, porque não tem estrutura e mandou eu dar mama para ela. Mas eles não poderiam ver isso a hora que chegamos? Eles pegaram meus documentos, os documentos da minha filha, um absurdo tudo isso”, explicou.

Agora, a genitora da bebê não sabe como o tratamento da filha será continuado, já que o hospital que deveria ser referencia não tem e para atender a criança. “Sei que é um caso raríssimo, ela tem apenas 5 meses. Agora não sei o que vai acontecer, ela pode perder 100% da visão caso não faça o acompanhamento e a gente não consegue mais pagar”, disse.

Cada exame, que a pequena precisa fazer, custa mais de R$ 2 mil. Além disso, ela já foi submetida a uma cirurgia que custou mais de R$ 19 mil, o que acaba pesando no bolso da família, que agora espera uma resposta da Secretária de Saúde sobre os próximos os.

Por meio de nota, o São Julião detalhou que a recusa a respeito do procedimento não foi uma recusa do hospital, mas uma recusa técnica médica, baseada nos protocolos assistenciais e de segurança do paciente.

“Ante ao caso, levamos para análise e deliberação da equipe de anestesia e eles não aceitaram executar, pois o hospital não possui estrutura física e equipamentos para atendimento de bebês e principalmente em caso de intercorrência, e, além disso, não possui pediatra para o assistir se fosse necessário”, diz o texto.

O hospital recomendou ainda a Santa Casa como um local para a execução do procedimento, uma vez que é terciário, com retaguarda, contratualizado para atender os casos de urgência de oftalmologia.

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