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Campo Grande

há 1 dia

Mães denunciam crianças sendo humilhadas em escola de Campo Grande

Em um dos casos, um pequeno vomitou, foi impedido de ligar para os pais e obrigado a limpar o chão da instituição de ensino

Um grupo de mães de alunos da Escola Municipal Irene Szukala, localizada na Rua Iemanjá, região do Bairro Jardim das Hortênsias, em Campo Grande, se uniu para reclamar que alguns professores estariam cometendo maus-tratos contra as crianças da instituição de ensino.

O grupo foi formado há uma semana e, desde então, diversos relatos de humilhação, maus-tratos e descasos foram compartilhados pelos responsáveis. Em alguns casos, as crianças deixam de ir ao banheiro por medo das professoras em sala de aula.

“Em um dos casos, uma criança estava ando mal, chegou a vomitar e não deixaram ele ligar para a família. Além disso, fizeram o pequeno limpar o chão. Uma outra teve mais de quatro infecções urinárias porque eles pedem para ir ao banheiro e elas não deixam”, relatou uma das mães ao TopMídiaNews.

As mães destacam o impacto emocional que essas situações podem causar nas crianças. “Já é humilhante a criança vomitar na frente dos coleguinhas e isso já vai criar um complexo e vai doer nela. Aí é falta delas tratarem as crianças como crianças, pedir licença para os coleguinhas e levar ela para longe, cuidar”, disse outra mãe.

Além das denúncias de maus-tratos, os pais apontam problemas na aprendizagem. “Minha filha está no 3º ano e até agora não sabe ler. Isso é um absurdo, pedi ajuda na escola e a professora ou uma lição, mas ela não entende a letra da professora. Onde já se viu uma coisa dessas”, afirmou uma responsável.

“Tenho muitos problemas com essa escola e esses professores estão muito despreparados, pode contar comigo para fazer reclamações e cobrar melhorias”, disse outra mãe.

Outro ponto questionado é a estrutura da escola, que segundo os relatos não conta nem com papel higiênico nos banheiros para os alunos. “Um dos casos, minha filha acabou menstruando precoce, apenas com 8 anos, pedi para a escola me ajudar e ir olhando nela às vezes, porque ainda não sabe lidar com essa situação direito, mas eles não fizeram nada. Ela acabou voltando para casa com a roupa toda suja e manchada, porque ninguém a orientou”, lembrou a mãe de uma aluna do 4º ano.

Muitos pais revelaram ter medo de fazer reclamações formais para evitar represálias por parte das professoras e da equipe de coordenação da escola. Uma reunião chegou a ser marcada para o sábado (7), onde as famílias cobraram melhorias na instituição.

Após a reunião com a direção da escola, as mães relataram que algumas demandas foram finalmente atendidas e a escola se comprometeu a resolver os problemas apontados. Porém, o caso só teve respostas após início da pressão do TopMídiaNews, que levou informações da mobilização coletiva para a Semed (Secretaria Municipal de Educação).

Por meio de nota, a Semed informou que “preza pelo respeito, cuidado e acolhimento em todas as unidades da Rede Municipal de Ensino (REME). Diante de qualquer situação que possa comprometer esses princípios, todas as providências cabíveis são adotadas com responsabilidade e seriedade”.

A pasta explicou ainda que, quando uma família tem alguma queixa, deve procurar primeiro a direção da escola e, caso o problema não seja resolvido, registrar reclamação na Ouvidoria Municipal. “Após o registro, a demanda é automaticamente encaminhada ao setor competente — seja a equipe pedagógica, a supervisão regional (SUGENOR) ou outro departamento técnico da SEMED. Com base na apuração, uma equipe da secretaria é designada para ir até a escola, realizar escutas, verificar os fatos e orientar os profissionais envolvidos, sempre com foco em práticas educativas respeitosas e adequadas”, diz a nota.

No entanto, o atendimento só melhorou porque a mobilização aconteceu em grupo e chegou à imprensa. As mães dizem que vão continuar acompanhando a situação para garantir que as promessas de melhoria sejam realmente cumpridas e criticam a demora da prefeitura em agir para proteger os alunos.

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