Com apenas 17 dias de vida, Ediana Maitê Ferreira Dias está internada no Hospital Regional na área de emergência aguardando um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar uma crise de bronquiolite. A bebê está respirando através da bala de oxigênio em leito improvisado, forçando os órgãos e lutando pela vida.

A mãe, Laysa Vitória Ferreira dos Santos, de 20 anos, acompanha a filha desde a internação. Dona de casa e com outro filho de apenas três anos, ela permanece ao lado da bebê desde domingo (18), quando buscou ajuda na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Moreninha após a fiklha engasgar e ficar roxa.

"Os médicos suspeitavam de pneumonia e bronquiolite, deixaram ela no balão na UPA até conseguir encaminhar para o hospital", lembra.

Da UPA ela foi encaminhada ao Hospital Regional, onde está internada até agora, mas sem o leito adequado. Sem vaga na UTI, ela foi encaixada em um espaço improvisado para que não ficasse no corredor, onde já há outras oito crianças aguardando vaga.

"Para conseguir respirar ela está usando uma bala de oxigênio, mas a médica já informou que ela está forçando os órgãos e o pulmão, o que tem provocado alterações na frequência cardíaca. Já fomos alertados que isso pode trazer consequências graves", conta.

Laysa também enfrenta riscos já que está com a cesariana inflamada e "estourada", segundo ela própria relatou. Apesar de mencionar a dor e a preocupação com a própria saúde, não recebeu orientações médicas até o momento.

"Há riscos para mim, para minha filha, mas estamos aqui, ela precisa desse leito na UTI neonatal, imploramos pela vaga", desabafa.

A reportagem entrou em contato com o Hospital Regional para verificar como está a situação de leitos e quando a bebê deve conseguir um leito e aguarda retorno.

• Veja também

• Com pneumonia grave, bebê aguarda por vaga em hospital de Campo Grande