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Mudanças nos documentos reduzem constrangimentos diários para mulheres trans em MS

Geógrafa e professora contam sobre a realização de sonho antigo através de ação da Defensoria

20/05/2025 às 19:18 | Atualizado 20/05/2025 às 17:25 Diana Christie
Sorriso de Clara Sophia mostra realização de sonho de muitas mulheres em MS - Ascom/Defensoria

Para muitas pessoas, a alteração do nome no registro civil é apenas uma formalidade. Para Clara Sophia Lopes, é a realização de um sonho. Atendida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, durante a Semana Nacional do Registro Civil, a geógrafa comemorou um momento aguardado há anos.

“Ano ado a Defensoria fez uma ação inédita e linda, o ‘Transformando Histórias’, mas eu estava morando em Dourados por conta do meu mestrado, e não consegui participar. Soube que o Nudedh estaria aqui hoje e vim. Estou muito feliz e ansiosa para mudar todos os documentos. É a realização de um sonho, espero por isso há 3 anos”, relatou Clara, visivelmente emocionada.

O atendimento foi feito pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), coordenado pela defensora pública Thaisa Raquel Medeiros de Albuquerque Defante.

Também atendida na ação em Campo Grande, a professora Lorena Roriz saiu do evento com um novo prenome — e uma nova perspectiva de vida.

“Eu vou deixar de sofrer constrangimentos diários, por exemplo, quando eu preciso entregar minha identidade em algum lugar e no aplicativo de corridas, em que o meu nome morto ainda está nos meus cadastros bancários e aí o motorista tem que ficar confirmando e duvidando, a corrida é sempre com receio. É a realização de um sonho, porque eu não tenho como pagar o valor todo, é muito caro, e hoje vejo que será possível”, detalhou Lorena.

A Defensoria Pública de MS  realizou a Semana Nacional do Registro Civil em Campo Grande, entre os dias 12 e 16 de maio. A iniciativa busca erradicar o sub-registro civil de nascimento e ampliar o o à documentação básica para pessoas em situação de vulnerabilidade.