Alimentos destinados a crianças da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Maria Carlota Tibau de Vasconcelos, no bairro Paulo Coelho Machado, foram flagrados jogados no chão do caminhão que abastecia a instituição de ensino, em Campo Grande. O flagrante foi feito pelo tio de uma criança que viu a situação ao deixar a menina na escola.

O autônomo de 25 anos, que prefere não ser identificado, registrou o momento em que verduras destinadas à merenda escolar eram transportadas de forma totalmente inadequada, jogadas no chão da carroceria de um caminhão, sujo e sem qualquer cuidado com a higiene.

“Eu vim trazer minha sobrinha na Emei e o caminhão com a merenda estava aqui na frente. A porta estava aberta, e os alimentos jogados no chão, fora das caixas, em contato direto com o chão do caminhão”, relata o rapaz ainda revoltado com a cena que presenciou.

Para o tio, o registro vai além da falta de respeito com as crianças, colocam os pequenos em risco de contaminação.

“Tudo no chão, sem proteção nenhuma. Uma falta de respeito com as crianças. Com os pagadores de impostos. As crianças correm risco de pegar bactérias”, desabafa.

Segundo ele, o que mais preocupa é saber que essa pode ser a realidade em diversas escolas da rede municipal. “Isso foi na creche aqui do bairro, mas acredito que seja da mesma forma em todas. Não há higiene no caminhão, o pessoal pisa aí dentro, coloca a mão e depois jogam os alimentos dessa forma. Isso é um descaso total”, completa.

A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande para esclarecimentos sobre o transporte inadequado da merenda.

Em resposta a Semed respondeu que: 

"A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que a Superintendência de Alimentação Escolar (Suale) já está apurando com a devida seriedade o caso relatado. A Semed reforça que preza pela qualidade e segurança dos alimentos servidos nas unidades escolares e qualquer conduta que comprometa esses princípios é inaceitável e não condiz com as orientações de Boas Práticas de Higiene e Manipulação de Alimentos estabelecidas pela Suale, em conformidade com as exigências dos órgãos fiscalizadores. A Semed esclarece também que todos os hortifrútis recebidos nas escolas am por um processo rigoroso de higienização individual antes do preparo e da oferta aos alunos. Esse procedimento integra o protocolo padrão adotado nas unidades escolares, com o objetivo de garantir a saúde e o bem-estar das crianças. A empresa responsável pela distribuição dos alimentos será imediatamente notificada para prestar esclarecimentos e corrigir a conduta identificada, de modo a evitar qualquer reincidência".

*Matéria alterada às 14h27 de, 11 de junho, para acrescentar nota da Semed

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