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Polícia

há 9 anos

Encanador que morreu soterrado tinha sonho de comprar casa na Capital

O corpo do encanador Edivan Braz, de 30 anos, que morreu soterrado na sexta-feira (3), em uma obra de rede de esgoto no Bairro Oliveira I, na Capital, foi levado pelo veículo da pax para ser sepultado na tarde de hoje (5), na cidade de Suzano, no município de São Paulo. O patrão dele, João Silva, de 52 anos, disse que todos os funcionários estão chocados com a perda do Edvan e a obra também foi embargada.

"Edvan morava sozinho em Campo Grande. Há um mês ele tinha retornado para a cidade. Ele tinha trabalhado na empresa de obras de 2008 até 2014. E tinha ido embora para ficar com os pais. Lá estava ruim de trabalho e ele voltou para trabalhar de novo comigo e com meu filho".

Edvan pagava aluguel de uma casa no bairro São Conrado e tinha amizade com o filho do patrão. "O meu filho, Douglas Silva, que tem a mesma idade dele, eles eram muito amigos. Semana ada eles assaram carne lá na casa dele e depois saíram para se divertir. O Edvan era divertido e trabalhador".

Os irmãos de Edivan também trabalharam na empreiteira JP, que pertence ao João. "Conheço a família dele. Os irmãos dele já trabalharam comigo. Conheci Edvan em Guarujá/SP. Trabalhamos juntos lá e depois viemos para a Capital. Pegamos obras aqui. Edvan falava com os pais pelo telefone. Ele se apegava com a minha família para ter companhia. O meu filho era um irmão para ele. O sonho dele era vender uma casa que tinha em São Paulo e comprar uma casa aqui na Capital para se livrar do aluguel".

Douglas, amigo de Edivan, está em estado de choque e não quer mais voltar a trabalhar. "Já levei ele no médico e não consegue dormir. Ele já disse que vai procurar outra profissão para trabalhar".

O outro funcionário que também ficou soterrado, João Batista, está em Terenos na casa da namorada. "Ele tem seis filhos e está namorando uma moça. Está andando e falando bem. Continua com traumas e deve ficar de repouso. Falaram para gente parar lá com a obra e foi embargada. Vamos descansar um pouco. Todos estão com trauma. O pedreiro João trabalhou comigo de 2013 até 2014 e também tinha retornado na empresa há um mês".

João e Edivan estavam trabalhando quando a terra desmoronou e caiu em cima do corpo deles. Edivan ficou 20 minutos soterrado, abaixo de três metros de terra. João ficou pouco tempo soterrado e conseguiu sair do local com ajuda dos pedreiros.

Os médicos do Samu (Serviço Móvel de Urgência e Emergência) e Corpo de Bombeiros socorreram Edivan e, durante 40 minutos, foi feita a tentativa de reanimação, mas ele não resistiu e morreu.  "Trabalho com obras desde 2004 e acontece isso. É muito triste. Estamos arrasados. Foi ruim dar a notícia aos familiares dele".

Os moradores do bairro Oliveira I foram ao local. Várias mulheres choravam ao assistir a equipe de socorro tentando reanimá-lo. Muitas oravam, rezavam e estavam abaladas com o acidente trabalhista. 

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