A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), deflagrou, nesta terça-feira (6), a Operação Porta 67, que investiga uma quadrilha suspeita de clonar o celular do governador Eduardo Riedel (PSDB).
A operação cumpre quatro mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande, com foco em um grupo criminoso que aplicava o golpe da portabilidade para desviar linhas telefônicas.
O golpe foi identificado em maio de 2023, quando o governador perdeu o o à sua linha telefônica após uma transferência indevida para outra operadora, realizada com dados pessoais obtidos de forma fraudulenta.
“As diligências realizadas revelam um modo de atuação articulado e tecnicamente estruturado, com uso de ferramentas internas das operadoras e divisão de tarefas entre os envolvidos”, afirmou o delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli.
Segundo o delegado adjunto da DRCI, Gustavo Godoy Alevado, o inquérito foi inicialmente instaurado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, mas encaminhado a Mato Grosso após constatação de que os fatos ocorreram em Várzea Grande.
Os investigados podem responder por estelionato tentado e associação criminosa, com penas que somam mais de seis anos de reclusão.
O golpe da portabilidade foi realizado por meio de uma ligação a um canal interno da operadora, com o uso indevido das credenciais de uma vendedora de loja em um shopping de Várzea Grande. O chip usado no desvio da linha havia sido ativado anteriormente por uma investigada, que comprava grandes quantidades de chips pré-pagos para utilizar em fraudes.
A operação destaca o compromisso da Polícia Civil com o enfrentamento aos crimes cibernéticos que atentam contra a privacidade e a segurança digital de autoridades e cidadãos. O nome “Porta 67” faz referência tanto ao golpe de portabilidade quanto ao DDD de Mato Grosso do Sul (67).