A vacina contra a gripe oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) protege contra três cepas diferentes do vírus influenza e é uma das principais ferramentas para reduzir o impacto das síndromes respiratórias em Campo Grande. A informação foi reforçada pelo pneumologista da Unimed, Henrique Brito, que também chamou atenção para os cuidados dentro de casa como forma de prevenção complementar, diante da alta circulação de vírus respiratórios neste período.
Segundo Brito, a vacina trivalente cobre os subtipos influenza A H1N1, A H3N2 e a influenza B. Já a versão quadrivalente, disponível na rede privada, inclui uma cepa adicional do vírus B, ampliando ainda mais a proteção. “É uma vacina com partículas virais inativadas, ou seja, não provoca gripe e é altamente segura. Mesmo que a pessoa ainda possa adoecer, a tendência é que os sintomas sejam leves”, esclarece o médico.
Henrique lembra que, além da influenza, outros vírus estão circulando com força, como o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), que é um vírus que tem causado muitos casos de bronquiolite em crianças menores de 2 anos e também atinge os idosos. “É importante ficar atento a ele. Ainda não temos a vacina do VSR disponível no SUS, mas ela já está autorizada na rede privada para gestantes e idosos, o que também protege os recém-nascidos”, destaca.
Além da vacinação, Brito enfatiza que atitudes simples no dia a dia ajudam a evitar complicações. “Hidratação é fundamental para fluidificar as secreções e facilitar a recuperação. Beber água, sucos naturais e água de coco é essencial. A lavagem nasal com soro fisiológico também deve ser rotina, especialmente para quem apresenta obstrução nasal”, detalha o pneumologista.
Outros fatores apontados como decisivos para uma boa resposta imunológica são o sono regular, alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e o controle de doenças crônicas, como a diabete. “Manter o organismo fortalecido faz toda a diferença na prevenção e no enfrentamento das infecções respiratórias”, afirma o especialista.
Sobre o uso de máscaras, o pneumologista orienta que não há necessidade de adoção generalizada, mas pessoas com sintomas devem usá-las ao sair de casa. “Quem estiver gripado deve usar máscara para proteger os outros. E quem for do grupo de risco, ou quiser uma proteção extra em locais com aglomeração, pode usá-la por precaução”, completa.
Henrique faz questão de reforçar que a vacina é um pilar essencial da prevenção. “A imunização não é só para grupos de risco. Todos devem se vacinar. Ela protege contra os principais vírus em circulação e pode ser a diferença entre um resfriado leve e uma internação”.