Cevas e descarte de lixo atraem onças e elevam chances de ataques no Pantanal 2f41o

Méri Oliveira (fotos: Gustavo Figueirôa) 5j3m2

Ataques de onça a humanos são raros e, quando ocorrem, costumam estar ligados à ação humana. Segundo o biólogo Gustavo Figueirôa, esses felinos evitam contato e não consideram pessoas como parte de sua dieta natural.

Situações que envolvem ameaça, filhotes ou alimentação podem desencadear ataques. Se o humano se aproxima sem perceber a presença da onça, ela pode reagir de forma defensiva, acreditando estar em risco.

A ceva, prática de atrair onças com comida, altera seu comportamento e reduz o medo do homem. No Pantanal, há relatos de pessoas usando peixes para atrair os animais e filmá-los de perto, o que aumenta o risco de ataques.

Além da ceva intencional, restos de peixe e lixo próximo a residências podem atrair onças de forma indireta. A convivência frequente entre humanos e felinos favorece comportamentos arriscados de ambos os lados.

As onças-pintadas e pardas têm comportamentos distintos. No Brasil, a parda é ainda mais arredia. Figueirôa afirma que o ataque recente não foi causado por desmatamento, mas pela convivência excessiva e perda de medo.

Para prevenir ataques, recomenda-se uso de cercas, telas, luzes e atenção ao circular em áreas de risco. O biólogo alerta sobre a falta de protocolos para lidar com esses casos e defende diretrizes claras para prevenção.